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Traduzindo Álbuns: O imaginário mundo folclórico de Taylor Swift

há dois anos, sem aviso prévio ou single para demonstrar uma nova era, TS voltou no ano da quarentena com Folklore, seu álbum mais aclamado e com certeza mais diferente de seu repertorio, o começo dele é magnifico começando porque ele na verdade não tem vinculo real a artista, são historias ficticias criadas pela cantora e fomos convidados para essa trajetória linda. “the 1” ela fal com o teria sido alguns momentos. A canção, apesar de não ser exatamente revolucionária por si só, mostra um novo tipo de composição. As novas canções de Swift vêm de outro lugar de sua mente, são compostas de um mundo mais imaginário, e trazem a cantora investindo muito mais em uma vida não vivida do que explorando acontecimentos pontuais de sua própria vida. 

Folklore | CD (2020, Special Edition) von Taylor Swift
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e não é atoa que chamamos de universo, Taylor criou lugares, personagens e acontecimentos que soam tão realistas a ponto de nos enxergarmos nele, ela já havia sido aclamada com seu grau fantástico de produção e composição mas folklore a deixou num patamar maior. Combinando perfeitamente com a estética cinza de álbum, não é exagero dizer que a obra não tem preto e branco, não há julgamento de valor; certo e errado se misturam de forma fluida. Em Folklore, Swift é diferentes personagens, que cometem erros, que traem, que amam, se apaixonam, esquecem, e seguem em frente. A coleção de sentimentos, que são escritos de maneira mais poética e subjetiva, cria espaço para o álbum, talvez, mais humano de Swift. Os sentimentos de Folklore, ao contrário do estilo mais familiar até hoje da cantora, não são exclusivamente dela. São universais.

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É obvio que Taylor Swift não se emancipou totalmente dos temas que sempre a inspiraram, e eles continuam aqui e ali, desde o seu atual relacionamento a seus inimigos e, inclusive, sua rixa com a antiga gravadora, que atualmente detém o direito de seus primeiros álbuns. porem quando a cantora reflete sobre estes assuntos em Folklore, o projeto é algo mais triste e conotativo. certamente o maior exemplo disso seja “My Tears Ricochet”, uma letra que parece narrar seu funeral, mas muito provavelmente fala com os chefes da Big Machine“Você usa as mesmas joias que eu te dei enquanto me enterra” é uma das melhores partes do Folklore.

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Por conta  dos aprendizados demonstrados e dessas assombrações presentes em Folklore, o oitavo álbum de Swift também soa de alguma maneira quase póstumo. É por causa do distanciamento que a cantora então cria uma força como nenhuma outra e demonstra ela atraves da produçãodurante o isolamento social. Aqui, ela toma uma posição de cima, e olha para um mundo distante, sem julgá-lo, mas admirando um universo e sua alternalidade. Não à toa, a incorporação de diferentes personalidades em um disco só também faz com que Swift flutue em suas interpretações: enquanto um sotaque inglês surge em trechos de “Cardigan”, sua voz conhecidíssima no country aparece em “Betty”. 

Outro ponto claro da evolução da cantora pode ser visto em suas musicas mais feministas. Enquanto Lover nos trouxe a ótima “The Man”, Folklore traz o discurso da liberdade feminina, tantas vezes confundida por loucura, em formas mais sutis e amplas. Swift reflete sobre estas questões ao recontar a história da socialite Rebeka Harkness em “The Last Great American Dynasty” mas principalmente em “Mad Woman”, uma das melhores do disco.

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Em questão de sonoridade, não haveria como analisar Folklore sem passar pelos nomes que estão por trás de Swift no disco, seu produtor Jack Antonoff – que veio para levar a cantora na direção mais próxima à Lana Del Rey – e Aaron Dessner, do The National, provavelmente o maior responsável pela sonoridade absolutamente distinta de Folklore no contexto da discografia da artista. Mas, enquanto as mudanças de estilo e arranjo são as mais óbvias e imediatamente perceptíveis em Folklore, a revolução de 2020 para Swift é em suas letras.

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A ideia de narrativas universais faz sentido com a tradição de música folk que Folklore pretende passar, mas quando se fala de sonoridade, o álbum de Swift está muito mais fundamentado nas bases de um indie alternativo ou electro folk que não, não deixa o pop para trás. Seu movimento maior é um adeus as musicas radiofônicas, e esta é outra mudança muito bem-vinda. O irônico é que Folklore marcou um sucesso bombástico há algum tempo não atingido pela própria cantora. Ela atingiu o topo das paradas simultaneamente (e se tornou a primeira artista a fazer isso), e “Cardigan” se tornou seu primeiro número 1 desde “Look What You Made Me Do”.

Tracklist do Folklore

Claro que Swift amadureceu. Seria esperado que uma artista fizesse isso sempre, principalmente na idade que a cantora se encontra, tendo ela feito isso de modo consistente durante toda a sua discografia. Mas a mudança que chega agora na carreira de Swift faz dela não apenas uma compositora e letrista mais completa, como também mais desafiadora e inventiva, seguindo os passos de Beyoncé, cujas decisões artísticas estão acima das tendências radiofônicas. É uma fase muito bem-vinda, que não apenas torna o contexto atual do pop mais diversificado, como eleva uma estrela do gênero à uma compositora ainda mais eclética e intrigante.

JhCritica: Taylor Swift — Folklore | by Johnatas Costa | #JhCritica | Medium

 

NOTA: 10

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