A tão alardeada estreia de “O País de Alice”, prevista para março de 2024 no tradicional horário das seis da Globo, acabou sendo um mero sonho ilusório. A novela, escrita por Lícia Manzo, a mente por trás de “A Vida da Gente”, foi abruptamente cancelada pela emissora. Toda a parafernália de pré-produção estava em curso, visando substituir o remake de “Elas por Elas” após a conclusão de “Amor Perfeito”, esta última considerada um triunfo nos círculos internos.
O burburinho se espalhou através do jornal O Globo e foi prontamente corroborado pelo F5. A narrativa dos bastidores revela que os primeiros capítulos entregues por Lícia foram recebidos com um ressonante desdém pela direção de dramaturgia da emissora. Eles alegaram que a trama carecia de um apelo popular, criticando-a até por seu suposto elitismo, um fator inaceitável para sustentar a cobiçada faixa horária. Com Natália Grimberg na direção, planos já estavam sendo forjados para escolher os atores que dariam vida à produção. No entanto, o histórico recente de Lícia Manzo na Globo veio pesar sobre sua proposta.

“Um Lugar ao Sol” (2021), exibida em horário nobre, conquistou alguns elogios dos telespectadores, mas sua audiência pífia a relegou ao título de novela menos assistida na história da emissora para aquele horário nobre. Com essa reviravolta, Natália Grimberg está prestes a ser realocada para novos projetos, enquanto o destino incerto de Lícia Manzo paira no ar.
A novela de Lícia foi varrida para longe, cedendo espaço a uma comédia romântica escrita por Mário Teixeira, o cérebro por trás de “Mar do Sertão” (2022). O sonho de “O País de Alice”, que prometia contar a saga de uma mulher criada por uma mãe brasileira na Europa, retornando ao Brasil em busca de suas raízes no Rio de Janeiro, desvaneceu-se e ficou no sonho de Alice. A sinopse, outrora aprovada pela Globo no final de 2022 sob a batuta da antiga direção dos Estúdios Globo, agora permanece em suspenso sob a nova liderança de Amauri Soares, sucedendo Ricardo Waddington.